segunda-feira, 28 de julho de 2014

EL NIÑO

El Niño acontece no Oceano Pacífico, mas tem impacto importante nas chuvas em todo planeta (Foto: AP)

Centro climático dos EUA mantém chance de El Niño em 70% este ano

Fenômeno pode provocar enchentes e secas no mundo.
Pico de força deve ser entre "fraco a moderado".

O órgão de previsão climática dos Estados Unidos manteve a expectativa de ocorrência do fenômeno climático El Niño em seu relatório mensal, confirmando as chances de o padrão climático ocorrer durante o verão do hemisfério Norte em 70%.
O Centro de Previsão Climática, uma agência do Serviço Climático Nacional, disse que estava perto de 80% a chance de El Niño, que pode provocar o caos durante o outono e início de inverno no hemisfério Norte.
A agência reduziu sua probabilidade de forte El Niño, prevendo que atingirá o pico de força entre "fraco a moderado" na parte final do outono e início de inverno e no final da primavera de 2015.
"Ao longo do último mês, nenhuma mudança significativa evidente no modelo de previsão (...), com a maior parte dos modelos indicando o início do El Niño entre junho e agosto e continuando no início de 2015", afirmou.
Enchentes e secas
O El Niño, caracterizado pelo aquecimento da superfície das temperaturas no Pacífico, pode provocar enchentes e secas no mundo.
O fenômeno, que provoca chuvas acima da média em algumas áreas do Brasil, pode trazer problemas para as safras de cana-de-açúcar e café, em processo de colheita. No entanto, iria criar o clima perfeito para a soja e milho, com plantio da nova safra sendo iniciado nos próximos meses.
 
 

TEMPESTADE SOLAR

Um longo arco de plasma é liberado do Sol durante tempestade magnética registrada entre 10 e 16 de julho deste ano. (Foto: Solar Dynamics Observation/Nasa)

25/07/2014 10h31 - Atualizado em 25/07/2014 10h32

Terra se salvou por pouco de forte tempestade solar em 2012, diz estudo

Tempestade poderia 'devolver a civilização moderna ao século 18'.
Fenômeno passou perto da órbita terrestre em 23 de julho de 2012

 
Em 2012, uma erupção solar provocou uma poderosa tempestade que passou perto da Terra, mas que era grande o suficiente para "devolver a civilização moderna ao século 18", informou a Nasa. O fenômeno, que passou perto da órbita terrestre em 23 de julho de 2012, foi a tempestade mais poderosa dos últimos 150 anos, segundo comunicado publicado no site da agência espacial americana na quarta-feira. Na Terra, no entanto, ninguém se deu conta disso.
"Se a erupção tivesse acontecido uma semana antes, a Terra teria ficado na trajetória", disse Daniel Baker, professor de Física Atmosférica e Espacial da Universidade do Colorado.
Ao invés disso, a tempestade impactou a nave espacial STEREO-A spacecraft, um observatório solar equipado 'para medir parâmetros de eventos deste tipo', acrescentou a agência. Segundo dados analisados por cientistas, a tempestade teria sido comparável à última conhecida com o nome de Carrington e que aconteceu em 1859. Também teria sido duas vezes mais forte que a tempestade solar que deixou sem energia a província de Quebec, no Canadá, em 1989.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

MUDANÇA CLIMÁTICA

2014 teve o mês de junho mais quente desde 1880, aponta a NOAA

Informação foi divulgada pela Agência Oceânica e Atmosférica dos EUA.
Temperatura ficou 0,72ºC maior que a média do século 20 para este mês.

Levantamento divulgado pela Agência Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), dos Estados Unidos, apontou que 2014 teve o mês de junho mais quente desde 1880, quando começaram os registros de temperatura.
A temperatura média na superfície terrestre e nos oceanos alcançou 16,22°C no período, ou seja, 0,72°C a mais que a média do século 20 para este mês. A cifra supera o último recorde de junho, que remonta a 2010, informou a NOAA.
"A maior parte do planeta enfrenta temperaturas mensais acima da média, com recordes de calor nas regiões do sudeste da Groenlândia, do norte da América do Sul e do Sudeste da Ásia", explicou a agência em um comunicado. "Assim como em maio, as regiões das principais bacias oceânicas também tiveram recordes de calor", acrescentou.
A última vez que a temperatura em um mês de junho foi inferior à média do século 20 foi em 1976, indicou a NOAA. Segundo a mesma fonte, o mês de maio de 2014 também foi o mais quente desde 1880, mais que o recorde anterior, de maio de 2010.

Ucrânia

Analistas dizem que foto de avião que caiu na Ucrânia indica uso de míssil

Imagem feita pela AP mostra buracos na fuselagem da Malaysia Airlines.
Segundo os EUA, rebeldes usaram o sistema de mísseis SA-11.

Analistas militares informaram nesta quarta (23) que o tamanho, propagação, forma e número de impactos de estilhaços visíveis em fotografia da AP em parte dos destroços apontam que o avião da Malysia foi atingido por um sistema de mísseis como o SA-11 Buk (Foto: Dmitry Lovetsky/AP)

Analistas militares independentes disseram nesta quarta-feira (23) que o tamanho, disposição, forma e número de estilhaços visíveis em um pedaço da fuselagem do avião da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia indicam o uso de um sistema de mísseis como o SA-11, apontado por analistas dos Estados Unidos como a arma utilizada para derrubar a aeronave.
A queda do avião, no dia 17, matou todos os 298 a bordo enquanto a aeronave sobrevoava uma região dominada por rebeldes pró-Rússia na Ucrânia

Konrad Muzyka, analista do Centro de Análises sobre Defesa IHS Jane, disse que o número de buracos visto nos pedaços da aeronave significa que apenas uma arma com poder de fragmentação como o SA-11 poderia ter sido usada. “Ele tem uma ogiva de 70 kg que explode e manda estilhaços para fora”, explicou. O fato de os buracos serem voltados para dentro confirma que a explosão aconteceu do lado de fora do avião.
Justin Bronk, um analista militar do Royal United Services Institute, disse que “o tamanho dos buracos é bastante amplo, de acordo com o que você esperaria de um míssil grande como o SA-11.”
Autoridades da inteligência dos Estados Unidos disseram nesta terça-feira (22) que acreditam que separatistas ucranianos provavelmente derrubaram o avião da Malaysia Airlines "por engano".
As autoridades americanas também disseram que não sabiam que os separatistas possuíam mísseis SA-11 russos até a queda do avião.
As autoridades afirmaram que a conclusão delas foi sustentada por conversas interceptadas de separatistas pró-russos conhecidos, cujas vozes foram verificadas por agências norte-americanas.
Os interlocutores inicialmente se gabaram sobre a derrubada de um avião de transporte, mas depois reconheceram que poderiam ter cometido um erro, disseram os funcionários.
As autoridades de inteligência afirmaram nesta terça-feira que tinham relatos de que dezenas de aviões foram alvejados em áreas controladas pelos separatistas durante dois meses de combates entre as forças governamentais e rebeldes ucranianos. Dois deles eram grandes aviões de transporte, disseram os funcionários.
Um deles afirmou que até o avião da Malaysia Airlines ser atingido, a maioria, se não todos os aviões que foram alvos, voava a baixa altitude.

sábado, 19 de julho de 2014

Aquecimento Global


Derretimento das geleiras, possivelmente causado pelas mudanças climáticas, atrai turistas para a Groenlândia (Foto: Uriel Sinai/Getty Images)

Esta é uma pequena amostra do que já está acontecendo por causa do aquecimento global

No começo da semana, o IPCC publicou mais um de seus relatórios sobre as mudanças climáticas. Os cientistas foram enfáticos: os efeitos do aquecimento já estão ocorrendo, aqui e agora. Mas que efeitos são esses?
>> As 10 grandes dúvidas em relação às mudanças climáticas
Fizemos abaixo uma lista de impactos do aquecimento global já observados e descritos na literatura científica, de acordo com o relatório do IPCC. São mudanças no padrão de chuvas, migração de espécies, degelo no Ártico - efeitos que já foram registrados em todos os continentes e no oceano. O leitor pode perceber que há mais impactos registrados no América do Norte e na Europa do que em outros continentes. Isso ocorre porque, infelizmente, ainda há pouca pesquisa científica nos países em desenvolvimento.
Também é importante avisar que essa é apenas uma pequena amostra. Listamos somente os impactos observados na literatura científica e definidos pelo IPCC como "alta confiança" de que são causados pelas mudanças climáticas. A lista completa tem mais de quatro páginas. São fenômenos que provavelmente foram causados pela alteração do clima, mas mais estudos são necessários para se ter certeza, como secastempestades extremas e danos à Amazônia.
Impactos atribuídos às mudanças climáticas e relatados na literatura científica (alta confiança)

África
- Derretimento das geleiras no topo das montanhas do leste da África
- Aumento da temperatura da superfície do Lago Kariba
- Declínio de recifes de corais africanos
América do Norte
- Redução das geleiras no norte do continente
- Diminuição da disponibilidade de água durante a primavera
- Mudanças no padrão de neve no oeste do continente
- Espécies de peixes do Atlântico migrando para o norte em busca de águas mais frias
- Mudanças na distribuição de mexilhões na costa oeste dos EUA
- Mudanças no padrão de migração dos salmões
América Latina
- Redução das geleiras dos Andes
- Aumento do fluxo dos rios da Bacia da Prata
Ásia
- Degradação do permafrost da Sibéria
- Aumento da força da corrente de quatro rios que recebem água das geleiras do Himalaia
- Avanço de arbustos na tundra siberiana
- Declínio dos recifes de corais asiáticos
Europa
- Recuo das geleiras dos Alpes, da Escandinávia e da Islândia
- Surgimento de flores e plantas mais cedo do que o comum, antes da primavera
- Aumento da área de florestas suscetíveis a incêndios em Portugal e Grécia
- Migração de peixes e aves marinhas para o Atlântico Norte, em busca de águas mais frias
Oceania
- Diminuição das correntes dos rios no sudoeste australiano
- Mudanças na distribuição genética de pássaros, borboletas e plantas na Austrália
- Aumento de casos de braqueamento na Grande Barreira de Corais da Austrália
Polos
- Redução do mar congelado no Ártico no verão
- Redução no volume de gelo das geleiras do Ártico
- Impacto nos animais das regiões de neve e tundra no Polo Norte
- Aumento da vegetação na Antártica
- Crescimento da população de fitoplâncton na Antártica
- Impactos negativos nas espécies não-migratórias do Ártico


sexta-feira, 18 de julho de 2014

ISRAEL EM GUERRA

ONU condena foguetes de Gaza e diz estar alarmada com resposta de Israel

Reunião de emergência foi convocada a pedido da Jordânia e da Turquia.
Ban Ki-moon irá ao Oriente Médio no próximo sábado para tratar da crise.


A Organização das Nações Unidas condenou o lançamento de foguetes contra Israel a partir da Faixa de Gaza, que terminou uma trégua humanitária de cinco horas, e está “alarmada pela forte resposta de Israel”, disse o chefe de assuntos políticos da ONU, Jeffrey Feltman, ao Conselho de Segurança durante reunião realizada nesta sexta-feira (18).

“Israel tem preocupações de segurança legitimas, e nós condenamos o disparo indiscriminado de foguetes a partir de Gaza contra Israel que terminou com o cessar-fogo temporário de ontem. Mas nós estamos alarmados com a forte resposta de Israel”, disse Feltman na sessão de emergência do Conselho.

Israel intensificou sua ofensiva terrestre à Faixa de Gaza com artilharia, tanques e canhoneiros nesta sexta e alertou que poderia “ampliar significadamente” a operação que as autoridades palestinas disseram que está matando grande número de civis. De acordo com a agência France Presse, Israel começou a destruir nesta sexta os túneis utilizados pelo Hamas em Gaza.

A reunião de emergência do Conselho de Segurança foi convocada após a ofensiva terrestre de Israel, a pedido da Jordânia e da Turquia.

Durante a reunião, Feltman ainda afirmou que o secretário-geral da organização, Ban Ki-moon irá ao Oriente Médio no próximo sábado para tratar das hostilidades entre Israel e Gaza com autoridades locais.
Ofensiva dura 11 dias Segundo o Centro Palestino para os Direitos Humanos, com sede em Gaza, os civis representam mais de 80% das vítimas da ofensiva de Israel, que tem como objetivo impedir os lançamentos de foguetes do Hamas, que controla o território.
Ao menos 292 palestinos foram mortos desde o início da ofensiva israelense em Gaza, no dia 8 de julho. Dois israelenses, um civil e um soldado, morreram no mesmo período.
O civil foi atingido por um foguete do movimento palestino Hamas, e o soldado por "fogo amigo", durante a ofensiva terrestre, iniciada na noite desta quinta-feira.
De acordo com a agência Associated Press, desde o início desta ofensiva terrestre, o Exército israelense reportou ter matado 20 milicianos, enquanto autoridades de saúde em Gaza disseram que mais de 50 palestinos morreram desde então.
Operação terrestre A operação militar terrestre israelense na Faixa de Gaza é essencial para destruir os túneis do movimento islamita palestino Hamas, pois os bombardeios eram insuficientes, afirmou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu nesta sexta. O premiê também disse que Israel está se preparando para intensificar sua ação.
Os túneis subterrâneos de contrabando construídos pelo Hamas, que controla o território, são usados para introduzir mercadorias, dinheiro e armas. Segundo Israel, os túneis também são usados para preparar plataformas de lançamento de foguetes e alguns para entrar em território israelense.
A maioria dos confrontos após a ofensiva terrestre aconteceu no sul do território de 360 quilômetros quadrados, em Khan Yunes e em Rafah, e na zona norte, perto da fronteira com Israel.
O posto de fronteira israelense de Erez, único ponto de passagem para pedestres, foi fechado.