segunda-feira, 28 de julho de 2014

EL NIÑO

El Niño acontece no Oceano Pacífico, mas tem impacto importante nas chuvas em todo planeta (Foto: AP)

Centro climático dos EUA mantém chance de El Niño em 70% este ano

Fenômeno pode provocar enchentes e secas no mundo.
Pico de força deve ser entre "fraco a moderado".

O órgão de previsão climática dos Estados Unidos manteve a expectativa de ocorrência do fenômeno climático El Niño em seu relatório mensal, confirmando as chances de o padrão climático ocorrer durante o verão do hemisfério Norte em 70%.
O Centro de Previsão Climática, uma agência do Serviço Climático Nacional, disse que estava perto de 80% a chance de El Niño, que pode provocar o caos durante o outono e início de inverno no hemisfério Norte.
A agência reduziu sua probabilidade de forte El Niño, prevendo que atingirá o pico de força entre "fraco a moderado" na parte final do outono e início de inverno e no final da primavera de 2015.
"Ao longo do último mês, nenhuma mudança significativa evidente no modelo de previsão (...), com a maior parte dos modelos indicando o início do El Niño entre junho e agosto e continuando no início de 2015", afirmou.
Enchentes e secas
O El Niño, caracterizado pelo aquecimento da superfície das temperaturas no Pacífico, pode provocar enchentes e secas no mundo.
O fenômeno, que provoca chuvas acima da média em algumas áreas do Brasil, pode trazer problemas para as safras de cana-de-açúcar e café, em processo de colheita. No entanto, iria criar o clima perfeito para a soja e milho, com plantio da nova safra sendo iniciado nos próximos meses.
 
 

TEMPESTADE SOLAR

Um longo arco de plasma é liberado do Sol durante tempestade magnética registrada entre 10 e 16 de julho deste ano. (Foto: Solar Dynamics Observation/Nasa)

25/07/2014 10h31 - Atualizado em 25/07/2014 10h32

Terra se salvou por pouco de forte tempestade solar em 2012, diz estudo

Tempestade poderia 'devolver a civilização moderna ao século 18'.
Fenômeno passou perto da órbita terrestre em 23 de julho de 2012

 
Em 2012, uma erupção solar provocou uma poderosa tempestade que passou perto da Terra, mas que era grande o suficiente para "devolver a civilização moderna ao século 18", informou a Nasa. O fenômeno, que passou perto da órbita terrestre em 23 de julho de 2012, foi a tempestade mais poderosa dos últimos 150 anos, segundo comunicado publicado no site da agência espacial americana na quarta-feira. Na Terra, no entanto, ninguém se deu conta disso.
"Se a erupção tivesse acontecido uma semana antes, a Terra teria ficado na trajetória", disse Daniel Baker, professor de Física Atmosférica e Espacial da Universidade do Colorado.
Ao invés disso, a tempestade impactou a nave espacial STEREO-A spacecraft, um observatório solar equipado 'para medir parâmetros de eventos deste tipo', acrescentou a agência. Segundo dados analisados por cientistas, a tempestade teria sido comparável à última conhecida com o nome de Carrington e que aconteceu em 1859. Também teria sido duas vezes mais forte que a tempestade solar que deixou sem energia a província de Quebec, no Canadá, em 1989.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

MUDANÇA CLIMÁTICA

2014 teve o mês de junho mais quente desde 1880, aponta a NOAA

Informação foi divulgada pela Agência Oceânica e Atmosférica dos EUA.
Temperatura ficou 0,72ºC maior que a média do século 20 para este mês.

Levantamento divulgado pela Agência Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), dos Estados Unidos, apontou que 2014 teve o mês de junho mais quente desde 1880, quando começaram os registros de temperatura.
A temperatura média na superfície terrestre e nos oceanos alcançou 16,22°C no período, ou seja, 0,72°C a mais que a média do século 20 para este mês. A cifra supera o último recorde de junho, que remonta a 2010, informou a NOAA.
"A maior parte do planeta enfrenta temperaturas mensais acima da média, com recordes de calor nas regiões do sudeste da Groenlândia, do norte da América do Sul e do Sudeste da Ásia", explicou a agência em um comunicado. "Assim como em maio, as regiões das principais bacias oceânicas também tiveram recordes de calor", acrescentou.
A última vez que a temperatura em um mês de junho foi inferior à média do século 20 foi em 1976, indicou a NOAA. Segundo a mesma fonte, o mês de maio de 2014 também foi o mais quente desde 1880, mais que o recorde anterior, de maio de 2010.

Ucrânia

Analistas dizem que foto de avião que caiu na Ucrânia indica uso de míssil

Imagem feita pela AP mostra buracos na fuselagem da Malaysia Airlines.
Segundo os EUA, rebeldes usaram o sistema de mísseis SA-11.

Analistas militares informaram nesta quarta (23) que o tamanho, propagação, forma e número de impactos de estilhaços visíveis em fotografia da AP em parte dos destroços apontam que o avião da Malysia foi atingido por um sistema de mísseis como o SA-11 Buk (Foto: Dmitry Lovetsky/AP)

Analistas militares independentes disseram nesta quarta-feira (23) que o tamanho, disposição, forma e número de estilhaços visíveis em um pedaço da fuselagem do avião da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia indicam o uso de um sistema de mísseis como o SA-11, apontado por analistas dos Estados Unidos como a arma utilizada para derrubar a aeronave.
A queda do avião, no dia 17, matou todos os 298 a bordo enquanto a aeronave sobrevoava uma região dominada por rebeldes pró-Rússia na Ucrânia

Konrad Muzyka, analista do Centro de Análises sobre Defesa IHS Jane, disse que o número de buracos visto nos pedaços da aeronave significa que apenas uma arma com poder de fragmentação como o SA-11 poderia ter sido usada. “Ele tem uma ogiva de 70 kg que explode e manda estilhaços para fora”, explicou. O fato de os buracos serem voltados para dentro confirma que a explosão aconteceu do lado de fora do avião.
Justin Bronk, um analista militar do Royal United Services Institute, disse que “o tamanho dos buracos é bastante amplo, de acordo com o que você esperaria de um míssil grande como o SA-11.”
Autoridades da inteligência dos Estados Unidos disseram nesta terça-feira (22) que acreditam que separatistas ucranianos provavelmente derrubaram o avião da Malaysia Airlines "por engano".
As autoridades americanas também disseram que não sabiam que os separatistas possuíam mísseis SA-11 russos até a queda do avião.
As autoridades afirmaram que a conclusão delas foi sustentada por conversas interceptadas de separatistas pró-russos conhecidos, cujas vozes foram verificadas por agências norte-americanas.
Os interlocutores inicialmente se gabaram sobre a derrubada de um avião de transporte, mas depois reconheceram que poderiam ter cometido um erro, disseram os funcionários.
As autoridades de inteligência afirmaram nesta terça-feira que tinham relatos de que dezenas de aviões foram alvejados em áreas controladas pelos separatistas durante dois meses de combates entre as forças governamentais e rebeldes ucranianos. Dois deles eram grandes aviões de transporte, disseram os funcionários.
Um deles afirmou que até o avião da Malaysia Airlines ser atingido, a maioria, se não todos os aviões que foram alvos, voava a baixa altitude.

sábado, 19 de julho de 2014

Aquecimento Global


Derretimento das geleiras, possivelmente causado pelas mudanças climáticas, atrai turistas para a Groenlândia (Foto: Uriel Sinai/Getty Images)

Esta é uma pequena amostra do que já está acontecendo por causa do aquecimento global

No começo da semana, o IPCC publicou mais um de seus relatórios sobre as mudanças climáticas. Os cientistas foram enfáticos: os efeitos do aquecimento já estão ocorrendo, aqui e agora. Mas que efeitos são esses?
>> As 10 grandes dúvidas em relação às mudanças climáticas
Fizemos abaixo uma lista de impactos do aquecimento global já observados e descritos na literatura científica, de acordo com o relatório do IPCC. São mudanças no padrão de chuvas, migração de espécies, degelo no Ártico - efeitos que já foram registrados em todos os continentes e no oceano. O leitor pode perceber que há mais impactos registrados no América do Norte e na Europa do que em outros continentes. Isso ocorre porque, infelizmente, ainda há pouca pesquisa científica nos países em desenvolvimento.
Também é importante avisar que essa é apenas uma pequena amostra. Listamos somente os impactos observados na literatura científica e definidos pelo IPCC como "alta confiança" de que são causados pelas mudanças climáticas. A lista completa tem mais de quatro páginas. São fenômenos que provavelmente foram causados pela alteração do clima, mas mais estudos são necessários para se ter certeza, como secastempestades extremas e danos à Amazônia.
Impactos atribuídos às mudanças climáticas e relatados na literatura científica (alta confiança)

África
- Derretimento das geleiras no topo das montanhas do leste da África
- Aumento da temperatura da superfície do Lago Kariba
- Declínio de recifes de corais africanos
América do Norte
- Redução das geleiras no norte do continente
- Diminuição da disponibilidade de água durante a primavera
- Mudanças no padrão de neve no oeste do continente
- Espécies de peixes do Atlântico migrando para o norte em busca de águas mais frias
- Mudanças na distribuição de mexilhões na costa oeste dos EUA
- Mudanças no padrão de migração dos salmões
América Latina
- Redução das geleiras dos Andes
- Aumento do fluxo dos rios da Bacia da Prata
Ásia
- Degradação do permafrost da Sibéria
- Aumento da força da corrente de quatro rios que recebem água das geleiras do Himalaia
- Avanço de arbustos na tundra siberiana
- Declínio dos recifes de corais asiáticos
Europa
- Recuo das geleiras dos Alpes, da Escandinávia e da Islândia
- Surgimento de flores e plantas mais cedo do que o comum, antes da primavera
- Aumento da área de florestas suscetíveis a incêndios em Portugal e Grécia
- Migração de peixes e aves marinhas para o Atlântico Norte, em busca de águas mais frias
Oceania
- Diminuição das correntes dos rios no sudoeste australiano
- Mudanças na distribuição genética de pássaros, borboletas e plantas na Austrália
- Aumento de casos de braqueamento na Grande Barreira de Corais da Austrália
Polos
- Redução do mar congelado no Ártico no verão
- Redução no volume de gelo das geleiras do Ártico
- Impacto nos animais das regiões de neve e tundra no Polo Norte
- Aumento da vegetação na Antártica
- Crescimento da população de fitoplâncton na Antártica
- Impactos negativos nas espécies não-migratórias do Ártico


sexta-feira, 18 de julho de 2014

ISRAEL EM GUERRA

ONU condena foguetes de Gaza e diz estar alarmada com resposta de Israel

Reunião de emergência foi convocada a pedido da Jordânia e da Turquia.
Ban Ki-moon irá ao Oriente Médio no próximo sábado para tratar da crise.


A Organização das Nações Unidas condenou o lançamento de foguetes contra Israel a partir da Faixa de Gaza, que terminou uma trégua humanitária de cinco horas, e está “alarmada pela forte resposta de Israel”, disse o chefe de assuntos políticos da ONU, Jeffrey Feltman, ao Conselho de Segurança durante reunião realizada nesta sexta-feira (18).

“Israel tem preocupações de segurança legitimas, e nós condenamos o disparo indiscriminado de foguetes a partir de Gaza contra Israel que terminou com o cessar-fogo temporário de ontem. Mas nós estamos alarmados com a forte resposta de Israel”, disse Feltman na sessão de emergência do Conselho.

Israel intensificou sua ofensiva terrestre à Faixa de Gaza com artilharia, tanques e canhoneiros nesta sexta e alertou que poderia “ampliar significadamente” a operação que as autoridades palestinas disseram que está matando grande número de civis. De acordo com a agência France Presse, Israel começou a destruir nesta sexta os túneis utilizados pelo Hamas em Gaza.

A reunião de emergência do Conselho de Segurança foi convocada após a ofensiva terrestre de Israel, a pedido da Jordânia e da Turquia.

Durante a reunião, Feltman ainda afirmou que o secretário-geral da organização, Ban Ki-moon irá ao Oriente Médio no próximo sábado para tratar das hostilidades entre Israel e Gaza com autoridades locais.
Ofensiva dura 11 dias Segundo o Centro Palestino para os Direitos Humanos, com sede em Gaza, os civis representam mais de 80% das vítimas da ofensiva de Israel, que tem como objetivo impedir os lançamentos de foguetes do Hamas, que controla o território.
Ao menos 292 palestinos foram mortos desde o início da ofensiva israelense em Gaza, no dia 8 de julho. Dois israelenses, um civil e um soldado, morreram no mesmo período.
O civil foi atingido por um foguete do movimento palestino Hamas, e o soldado por "fogo amigo", durante a ofensiva terrestre, iniciada na noite desta quinta-feira.
De acordo com a agência Associated Press, desde o início desta ofensiva terrestre, o Exército israelense reportou ter matado 20 milicianos, enquanto autoridades de saúde em Gaza disseram que mais de 50 palestinos morreram desde então.
Operação terrestre A operação militar terrestre israelense na Faixa de Gaza é essencial para destruir os túneis do movimento islamita palestino Hamas, pois os bombardeios eram insuficientes, afirmou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu nesta sexta. O premiê também disse que Israel está se preparando para intensificar sua ação.
Os túneis subterrâneos de contrabando construídos pelo Hamas, que controla o território, são usados para introduzir mercadorias, dinheiro e armas. Segundo Israel, os túneis também são usados para preparar plataformas de lançamento de foguetes e alguns para entrar em território israelense.
A maioria dos confrontos após a ofensiva terrestre aconteceu no sul do território de 360 quilômetros quadrados, em Khan Yunes e em Rafah, e na zona norte, perto da fronteira com Israel.
O posto de fronteira israelense de Erez, único ponto de passagem para pedestres, foi fechado.

terça-feira, 25 de março de 2014

FUTURO SOMBRIO DO CLIMA

Segunda parte de relatório do IPCC adverte sobre futuro sombrio do clima

Painel de especialistas da ONU deve divulgar novo trecho em 31 de março.
Se nada for feito para conter aquecimento, consequências serão drásticas

Secas, inundações, conflitos, perdas econômicas cada vez mais profundas. Este é o cenário que aguarda o planeta caso não se reduzam as emissões de dióxido de carbono (CO2), advertem cientistas da ONU em seu próximo relatório sobre o aquecimento global.
O rascunho do próximo informe do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), ao qual a AFP teve acesso, faz parte de um amplo estudo que contribuirá para determinar políticas e orientar negociações nos próximos anos.
Os cientistas e representantes dos governos se reunirão na cidade japonesa de Yokohama a partir da terça-feira para redigir um resumo de 29 páginas, que será publicado juntamente com o relatório completo em 31 de março.
"Temos uma imagem mais clara do impacto e das consequências, inclusive as consequências para a segurança", disse Chris Field, da americana Carnegie Institution, que chefia a pesquisa.
O trabalho vem a público seis meses depois do primeiro volume do V Relatório de Avaliação, no qual os cientistas deixaram claro sua certeza irrefutável de que o aquecimento global tem a mão do homem.


Primeira parte foi divulgada ano passado No informe era previsto um aumento das temperaturas entre 0,3ºC e 4,8ºC neste século, 0,7ºC acima da média desde a Revolução Industrial. O nível dos oceanos aumentará entre 26 e 82 centímetros até 2100, segundo suas estimativas.
De acordo com o novo rascunho, os danos serão disparados a cada grau adicional, embora seja difícil quantificá-los. Um aumento nas temperaturas de 2,5ºC com relação à era pré-industrial - 0,5ºC a mais que a meta fixada pela ONU - reduzirá os ganhos mundiais anuais entre 0,2% e 2,0%, o que corresponde a centenas de bilhões de dólares.
"É certo que as avaliações que podemos fazer atualmente ainda subestimam o impacto real da mudança climática futura", disse Jacob Schewe, do Instituto Postdam para a pesquisa das Mudanças Climáticas (PIK) na Alemanha, que não participou da elaboração do rascunho do IPCC.
O relatório destaca alguns perigos:
Inundações: as emissões crescentes de gases de efeito estufa aumentarão "significativamente" o risco de inundações, às quais Europa e Ásia estarão particularmente expostas. Se confirmado o aumento extremo de temperaturas, três vezes mais pessoas ficarão expostas a inundações devastadoras.
Seca: a cada primeiro adicional na temperatura, outros 7% da população mundial terão reduzidas em um quinto as fontes de água renováveis.
Aumento do nível dos mares: se nada for feito, em 2100 "centenas de milhões" de habitantes das regiões costeiras serão levados a se deslocar. Os pequenos países insulares do leste, sudeste e sul da Ásia verão suas terras reduzidas

Fome: os cultivos de trigo, arroz e milho perderão em média 2% por década, enquanto a demanda de cultivos aumentará 14% em 2050, devido ao aumento da população mundial. Os mais prejudicados serão os países tropicais mais pobres.
Desaparecimento de espécies: "grande parte" das espécies terrestres e de água doce correrá risco de extinção, pois as mudanças climáticas destruirão seu hábitat.
Ameaça para segurança
"As mudanças climáticas no século 21 empurrarão os Estados a novos desafios e determinarão de forma crescente as políticas de segurança nacional", adverte o esboço de resumo. Ainda assim, algumas repercussões transfronteiriças das mudanças climáticas - a redução das zonas geladas do planeta, as fontes de água compartilhadas ou a migração dos bancos de peixes - "têm o potencial de aumentar a rivalidade entre os países", diz o informe.
A redução das emissões de gases de efeito estufa 'nas próximas décadas' permitirá desativar algumas das piores consequências das mudanças climáticas até o final do século, destacou o informe.
Em 13 de abril, o IPCC divulgará, em Berlim, seu terceiro volume sobre estratégias para fazer frente às emissões de gases de efeito estufa.
Em seus 25 anos de História, o IPCC publicou quatro "'relatórios de avaliação", e cada um fez um alerta sobre as gigatoneladas de dióxido de carbono emitidas pelo tráfego, as centrais energéticas e os combustíveis de origem fóssil, assim como o metano, gerado pelo desmatamento e pela pecuária.
O volume de Yokohama vai além dos anteriores, ao oferecer em detalhes o impacto regional das mudanças climáticas, assim como os riscos de conflito e o aumento do nível dos mares.

O último grande relatório publicado do IPCC, de 2007, contribuiu para criar um momento político propício que levou à convocação da cúpula do clima de Copenhague de 2009, mas sua reputação foi abalada por alguns erros que os céticos aproveitaram para demonstrar a existência de uma visão tendenciosa sobre esta ameaça.





POLUIÇÃO NA CHINA

Poluição custa US$ 300 bilhões anuais em saúde à China

Relatório do Banco Mundial defende um novo modelo de urbanização.
Segundo pequisa, a poluição provoca 500 mil mortes por ano no país.

As mortes prematuras e os problemas de saúde cusados pela poluição atmosférica custam até US$ 300 bilhões anuais à China, segundo um relatório do Banco Mundial, que defende um novo modelo de urbanização na segunda economia mundial.
"Agora que a China se prepara para uma nova onda de urbanização, será cada vez mais crucial levar em conta os problemas de meio ambiente, já que grande parte da poluição chinesa se concentra nas cidades do país", adverte o Banco Mundial no relatório com um centro de pesquisa vinculado ao governo da China.

Visitantes usam máscaras enquanto visitam o Templo do Céu, em Pequim. (Foto: China Out/AFP)

Visitantes usam máscaras enquanto visitam o Templo do Céu, em Pequim. (Foto: China Out/AFP)

O elevado índice de mortalidade e os problemas de saúde nas metrópoles custam ao país entre US$ 100 bilhões e US$ 300 bilhões por anos, segundo o relatório

O ex-ministro da Saúde Chen Zhu citou em dezembro, na revista médica The Lancet, estudos segundo os quais a poluição provoca 500 mil mortes por ano no país.
E os efeitos também são sentidos em longo prazo, já que os bebês e as crianças são gravemente afetados pelas partículas tóxicas, com riscos crescentes, além da má-formação das futuras crianças ainda não nascida, alerta o relatório.
Os autores do estudo aconselho que a China adote um novo modelo de urbanização e uma gestão de terras que beneficie mais os moradores rurais.
O relatório também pede que Pequim reforce a legislação sobre a poluição

sábado, 22 de março de 2014

DERRETIMENTO NOS ANDES

Gelo de 1.600 anos nos Andes 'desapareceu' em 25 anos, diz cientista

Geleira Quelccaya, no Peru, tem sofrido derretimento constante.
Pesquisa busca analisar 'história climática' da região e do planeta

Cientistas da Universidade Estadual de Ohio estudaram uma geleira na região dos Andes, no Peru, e obtiveram detalhes impressionantes sobre a história climática da Terra, segundo um estudo publicado nesta semana na revista "Science Express".
Chamada de Quelccaya, a geleira tem mais de 6 mil anos, segundo os cientistas. Ela está passando por um processo de derretimento constante e perdeu parte da cobertura de gelo acumulada em quase dois milênios num período de 25 anos (as imagens acima refletem um período de 30 anos), segundo um dos autores do estudo, professor Lonnie Thompson, em entrevista ao "New York Times". O degelo foi tão grande que um trecho congelado na região de Qori Kalis "desapareceu" e deu lugar a um lago

Blocos de gelo que contam a "história congelada da área" foram guardados em freezers a -30º C para análises posteriores, disse Thompson, em nota da universidade. Ele afirmou ao "New York Times" que restos de plantas expostos nas margens da geleira com o derretimento também estão sendo analisados pelos cientistas.
Algumas plantas chegam a ter 6,3 mil anos, diz Thompson. Ao estudar o decaimento do carbono nos restos de vegetais, os pesquisadores descobriram que eles "envelheceram" pouco no período, o que indica que o gelo existente ali é milenar.
"Se em algum momento dos últimos 6 mil anos estas plantas estivessem sido expostas por um período de cinco anos, por exemplo, haveria decaimento", disse Thompson. A explicação mais simples, segundo ele, é que o gelo acumulado nos últimos 1,6 mil anos derreteu em não mais que 25 anos.
O aquecimento global está tendo efeitos maiores em regiões de grande altitude e de grande latitude, ponderam os cientistas. Segundo eles, o Quelccaya "parece ser muito sensível" às mudanças climáticas que vêm ocorrendo no planeta

Blocos de gelo Os pesquisadores dataram dois grandes blocos de gelo extraídos da região, que têm uma riqueza de detalhes "formidável", dizem. Os blocos podem ser usados como "ferramentas" detalhadas para estudar o passado climático da Terra, principalmente na região tropical.
Os objetos têm grandes semelhanças com outros blocos de gelo extraídos do Himalaia e do Tibete, diz a pesquisa. "Padrões na química de algumas camadas dos blocos são idênticos, mesmo que os dois 'núcleos' gelados tenham sido extraídos de lados opostos do globo", afirma uma nota da instituição
Geleira de Quelccaya em 1978, antes de haver derretimento (Foto: Lonnie Thompson/Universidade Estadual de Ohio/"The New York Times")

Geleira de Quelccaya, na região andina do Peru, em 1978 (Foto: Lonnie Thompson/Universidade Estadual de Ohio/"The New York Times")
A geleira de Quelccaya em 2008, já atingida pelo derretimento causado pelo aquecimento global (Foto: Lonnie Thompson/Universidade Estadual de Ohio/"The New York Times")A geleira de Quelccaya em 2008, já atingida pelo derretimento causado pelo aquecimento global (Foto: Lonnie Thompson/Universidade Estadual de Ohio/"The New York Times")

A geleira de Quelccaya em 2008, já atingida pelo derretimento causado pelo aquecimento global (Foto: Lonnie Thompson/Universidade Estadual de Ohio/"The New York Times")

A geleira de Quelccaya em 2008, já atingida pelo derretimento causado pelo aquecimento global (Foto: Lonnie Thompson/Universidade Estadual de Ohio/"The New York Times")

DEGELO NOS ANDES

Ausência de monitoramento do degelo nos Andes preocupa a Unesco

Órgão ligado à ONU faz alerta sobre consequências do derretimento.
Cientistas apontam mudança climática como causa das alterações

A falta de controle do derretimento das geleiras na Cordilheira dos Andes gera alarme entre os cientistas e especialistas da Unesco reunidos a fim de recomendar aos países andinos que tomem medidas urgentes ante a ameaça de mudança climática.
"É preocupação da Unesco a falta de monitoramento por parte dos países andinos vulneráveis ao derretimento das geleiras e suas consequências para as comunidades vizinhas", afirmou às Siegfried Demuth, chefe de Hidrologia e das Ciências da Água.
O "Fórum Internacional de Geleiras: desafios da pesquisa a serviço da sociedade em função da mudança climática", que conclui nesta quinta-feira (4) na cidade peruana de Huaraz (norte), visa a colocar à disposição dos países andinos (Peru, Chile, Bolívia e Argentina), cujas geleiras estão afetadas pela mudança climática, experiências, práticas e pesquisas sobre a questão do derretimento e suas consequências.
Segundo a Autoridade Nacional da Água (ANA) do Peru, nos últimos 30 anos a superfície das geleiras retrocedeu 40% e calcula-se que na década 2020-2030 as geleiras abaixo dos 5.000 metros acima do nível do mar terão desaparecido.

Cordilheira dos Andes no Chile (Foto: Eduardo Carvalho/G1)

Visão aérea da Cordilheira dos Andes no Chile. Ausência de dados sobre o degelo na região preocupa autoridades (Foto: Eduardo Carvalho/G1)

sexta-feira, 21 de março de 2014

DEUS PRODUZIU O Big Bang

Cientistas afirmam que Deus produziu o Big Bang
Especialistas judeus afirmam que Big Bang e criacionismo se complementam, não se anulam
 
Cientistas afirmam que Deus produziu o Big Bang
No debate milenar entre a ciência e a religião, os cientistas e os religiosos apresentam seus argumentos tentando convencer os demais. Uma minoria busca um “mínimo denominador comum” convincente.
Esta semana, contudo, o embate entre criacionismo e Big Bang pode ter ganhado um capítulo importante. O professor Nathan Aviezer, da Universidade Bar Ilan de Israel veio a público defender fortemente que as crenças científicas e religiosas podem viver juntas em harmonia.
Ao lançar seu livro “In the Beginning” [No Princípio], ele afirmou que os cientistas há décadas estão buscando pelas ondas produzidas pela gravidade, mas esse tem sido um feito difícil. Afinal, a gravidade é um bilhão de bilhão de vezes mais fraca que as forças elétricas, que também produzem ondas.
Contudo, argumenta, “se houve uma enorme mudança gravitacional, então talvez com algum equipamento muito sensível, você poderia detectá-las.” Para ele, o Big Bang causou essa mudança “por isso não havia esperança de que talvez você pudesse ver as ondulações causadas pelo Big Bang”. É nesse momento que entra o relato do primeiro versículo de Gênesis, onde mostra que Deus criou o céu e a Terra.
Embora todos os cientistas também usem um momento inicial para o estabelecer o surgimento do universo, eles não necessariamente atribuem isso a Deus, preferindo argumentar que aconteceu espontaneamente.
Nessa disputa pelo primeiro momento, os cientistas apostam na explosão conhecida como Big Bang, enquanto judeus e cristãos defendem que foi o momento em que Deus disse “Haja luz”.

“A criação da luz foi essencialmente a criação do universo”, resume Aviezer. “Cada palavra escrita na Torá [Antigo Testamento] se encaixa nas descobertas científicas mais recentes. Elas estão em harmonia exata com as palavras da Torá. ”
O renomado rabino Benny Lau, concorda que essa teoria científica é compatível com a história judaica revelada no Livro de Beresheet [Gênesis]. Para ele, os conceitos de tempo na Bíblia não são os mesmos que aqueles que usamos agora, pois ‘um dia’ pode perfeitamente ser o mesmo que um milhão de anos. Mesmo assim, para Lau, as últimas descobertas científicas não alteram o entendimento judaico sobre como tudo começou.
O debate voltou a ocorrer após o material divulgado pelo astrônomo John M Kovac, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian. Esta semana, a equipe de cientistas americanos do projeto BICEP2, anunciou ter encontrado resíduos deixados pela chamada “inflação cósmica”. Esse é o nome dado ao crescimento exponencial pelo qual o universo passou em seu primeiro quadrilionésimo de segundo.
Usando poderosos telescópios situados no Polo Sul, eles comprovaram a existência de “micro-onda cósmica de fundo”, uma radiação muito fraca que permeia todo o universo. Tais ondas gravitacionais deixam marcas ao percorreram o espaço em sua “fase inflacionária”. As chamadas ondas gravitacionais funcionam na cosmologia como uma espécie de “eco” do Big Bang.
“Isso abre uma janela para um novo mundo da física, aquele que ocorreu na primeira fração de segundo do universo”, disse Kovac, que liderou as equipes do BICEP2 (Background Imaging of Cosmic Extragalactic Polarization 2)
Caso seja confirmada, a descoberta dos astrofísicos poderá lhes render um prêmio Nobel, pois seriam as provas necessárias para apoiar a teoria que o universo teve um começo

O escritor e educador judeu Izzy Greenberg escreveu ao Jerusalém Post que: “Quando perguntamos sobre como o mundo foi criado, nós poderíamos ter tanto um Big Bang [Grande Explosão] quanto um Big Banger [Grande Explodidor]. Lembra que o famoso rabino-chefe de Israel Yitzchak Eizik HaLevi Herzog, em 1957 escreveu: “Segundo uma perspectiva científica, acreditamos que Deus criou bilhões de átomos, para os quais estabeleceu certas leis naturais. Esses átomos mais tarde desenvolveram-se e evoluíram de acordo com essas leis. Mas isso não é diferente que acreditar, segundo o relato simples de Gênesis, que Deus criou os céus e a Terra, no primeiro dia…”.
O professor Aviezri S. Fraenkel, do Instituto Weizmann, expressou um sentimento semelhante. Ele defende que a moderna teoria da cosmologia e a religião judaica, na verdade, podem se ajudar e se explicar mutuamente. Elas não anulam uma à outra. “Na verdade, as teorias modernas, mesmo que se aprofundem cada vez mais, ainda não explicam todos os fatos observados no cosmos, conferindo apenas um novo significado para o versículo de Salmo 92:5: “Quão grandes são, SENHOR, as tuas obras! Mui profundos são os teus pensamentos“. Com informações de Jerusalem Post.

ÁGUA EM RISCO

Demanda dos emergentes agrava tensões por recursos, diz ONU

Água e energia terão forte incremento em sua demanda nos próximos anos.
ONU advertiu para o risco de esgotamento dos recursos do planeta

O crescimento econômico e demográfico, principalmente nos países emergentes, provocará nas próximas décadas um forte incremento na demanda de água e energia, com risco de esgotamento dos recursos do planeta, adverte a ONU nesta sexta-feira (21).
O consumo de água e de energia estão estreitamente ligados, destaca a UNESCO (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) em um relatório sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos no Mundo, publicado na véspera do Dia Mundial da Água.

"A produção energética representa quase 15% das extrações de água, e a tendência é de alta", já que 90% da produção de energia mundial utiliza importantes volumes de água, destaca o documento.
Diante disto, o acesso à água corrente e à eletricidade de centenas de milhões de pessoas gera enormes desafios, tendo em conta que "20% dos aquíferos do planeta estão superexplorados", adverte a UNESCO.
Segundo as previsões, a demanda por eletricidade crescerá 70% até 2035 e mais da metade deste crescimento se produzirá na China e na Índia.
"A demanda por água doce e energia seguirá aumentando nas próximas décadas para atender às necessidades das populações e das economias em crescimento e as mudanças de estilo de vida e de consumo, amplificando de forma importante as pressões sobre os recursos naturais limitados e os ecossistemas", destaca o documento, apresentado em Tóquio.
Atualmente, 768 milhões de pessoas carecem de acesso seguro e regular à água, mais de 1,3 bilhão vivem sem eletricidade e quase 2,6 bilhões utilizam combustíveis sólidos - biomassa em particular - para cozinhar.
O relatório prevê um aumento de 55% na demanda de água nos próximos 35 anos. "Em 2050, 2.300 milhões viverão em zonas submetidas a um estresse hídrico severo, em particular no Norte da África e na Ásia Central e do Sul".
Tensões geopolíticas Na Ásia, a questão da água deverá provocar um aumento considerável das tensões políticas, já que os mananciais dos rios geralmente ficam nas fronteiras.
"As zonas de conflito incluem o Mar de Aral e as bacias do Ganges e do Brahmaputra, do Indus e do Mekong", destaca a ONU.
A demanda energética aumentará em mais de um terço até 2035, e mais da metade deste aumento ocorrerá na China, Índia e Oriente Médio.
Em relação à água consumida pelo setor energético, passará de 66 bilhões de metros cúbicos de água doce em 2010 para quase o dobro (+85%) em 2035.
A busca de alternativas energéticas - como os biocombustíveis - exige igualmente o uso de enormes volumes de água.
"Desde o início dos anos 2000 são desenvolvidos cultivos agrícolas em grande escala para a produção de biocombustíveis, que consomem enormes volumes de água".
"A exploração do gás de xisto também registrou uma grande expansão nos últimos anos, em particular nos Estados Unidos, mas esta energia fóssil só pode ser extraída por fratura hidráulica, um método que exige grandes volumes de água e comporta riscos importantes de contaminação dos lençóis freáticos".

sábado, 15 de março de 2014

ESTRELA AMARELA - 1.300 VEZES MAIOR QUE O SOL

Observatório descobre a maior estrela amarela já encontrada

Corpo celeste tem tamanho 1.300 vezes maior que o diâmetro do Sol.
Astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO) fizeram a descoberta

Impressão artística da estrela hipergigante amarela HR 5171 (Foto: Divulgação/ESO)

O Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) divulgou nesta quarta-feira (12) que foi descoberta a maior estrela amarela já encontrada -- com tamanho superior a 1.300 vezes o diâmetro do Sol, o que a transforma em uma das dez maiores estrelas detectadas até o momento.

Esta hipergigante, batizada de HR 5171 A, foi detectada com o interferômetro do telescópio VLT (Very Large Telescope) do observatório instalado em Nice, França, faz parte de um sistema composto por duas estrelas, onde a segunda, de menor tamanho, se encontra em contato com a maior.
Pesquisas feitas ao longo de 60 anos, algumas vezes por amadores, indicam que este estranho objeto muda rapidamente e foi detectado em uma fase muito breve e instável de sua vida. Devido a essa instabilidade, as hipergigantes amarelas expelem material para o exterior, formando uma atmosfera grande e estendida ao redor da estrela.
Os astrônomos utilizaram na pesquisa uma técnica chamada interferometria, que combina a luz recolhida por múltiplos telescópios individuais, recriando um telescópio gigante de mais de 140 metros de tamanho.

Impressão artística da estrela hipergigante amarela HR 5171 (Foto: Divulgação/ESO)

Impressão artística da estrela hipergigante amarela HR 5171 (Foto: Divulgação/ESO

sábado, 8 de março de 2014

LIXO ESPACIAL - RISCO CATASTRÓFICO

Cientistas australianos propõem destruir lixo espacial com laser

Objetivo é desviar restos de sua trajetória para atingi-los com laser.
Peças cairiam na atmosfera terrestre, onde se desintegrariam

Cientistas australianos propõem atingir o lixo espacial, potencialmente perigoso, com raios laser para que caia na atmosfera terrestre, onde se desintegraria, anunciaram nesta sexta-feira (7).
"Queremos limpar o espaço para evitar o risco crescente de colisões e prevenir os tipos de incidentes contados no filme 'Gravidade'", declarou o diretor do centro de pesquisa astronômica e astrofísica da Universidade Nacional da Austrália, Matthew Colless.
Um novo centro de pesquisa com a participação, entre outros, da Nasa, começará a trabalhar em meados de 2014 para isolar as partes menores de lixo espacial e prever sua trajetória graças ao observatório de Mount Stromlo, em Canberra.
  •     Mapa mostra quantidade de lixo espacial na órbita terrestre. (Foto: Nasa / AP Photo)
Mapa mostra quantidade de lixo espacial na órbita terrestre. (Foto: Nasa / AP Photo)
O objetivo é desviar estes restos (satélites fora de serviço, corpos de foguetes) de sua trajetória, atingindo-os com raios laser a partir da Terra. Isso os obrigaria a diminuir sua velocidade e a cair na atmosfera, onde pegariam fogo até se desintegrar.
O responsável pelo novo centro, Ben Greene, também considerou provável "uma avalanche catastrófica de colisões (de restos), que destrua rapidamente todos os satélites".

A agência espacial americana e a Agência Espacial Europeia (ESA) registraram mais de 23.000 dejetos de mais de 10 cm, em sua maioria, em órbitas baixas (abaixo de 2.000 km). Os restos de entre 1 e 10 cm chegam a centenas de milhares.
O filme "Gravidade", vencedor de sete prêmios Oscar, narra a história de dois astronautas perdidos no espaço após a colisão de sua estação com lixo espacial

terça-feira, 4 de março de 2014

VÍRUS GIGANTE NA SIBÉRIA

Vírus gigante de 30 mil anos 'volta à vida'

Achado em camada gelada profunda da Sibéria, organismo adormecido retomou atividade infecciosa após ser aquecido

Os cientistas afirmam que não há risco de o contágio representar qualquer perigo para humanos ou animais (Foto: BBC)Um vírus que estava adormecido há 30 mil anos teria ''ganhado vida'' novamente, segundo cientistas da Universidade de Aix-Marseille, na França.
Ele foi encontrado na Sibéria, em uma camada profunda de permafrost, o solo encontrado na região do Ártico formado por terra, gelo e rochas permanentemente congelados. Após ter sido descongelado, o vírus voltou a se tornar contagioso.
Os cientistas afirmam que não há risco de o contágio representar algum perigo para humanos ou animais, mas alertaram para o possível risco para humanos de outros vírus infecciosos que podem ser liberados com o eventual descongelamento do permafrost.
O estudo foi divulgado na publicação especializada Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

''Essa é a primeira vez que vemos um vírus permanecer contagioso após tanto tempo'', disse o professor Jean-Michel Claverie, da Centro Nacional de Pequisa Científica (CNRS, na sgila orginal em francês), da Universidade de Aix-Marseile.
Enterrado
O antigo vírus foi descoberto enterrado a trinta metros do solo congelado.
Chamado Pithovirus sibericum, ele pertence a uma categoria de vírus descoberta há dez anos.
Eles são tão grandes que, diferentemente de outros vírus, podem ser vistos ao microscópio. E este, que mede 1,5 micrômetros de comprimento, é o maior já encontrado.
A última vez que ele infectou um organismo foi há mais de 30 mil anos, mas no laboratório ele foi 'reativado'.
Os testes mostraram que o vírus ataca amebas, que são organismos monocelulares, mas não infecta humanos ou animais.
''Ele entra na célula, se multiplica e, por fim, mata a célula. Ele é capaz de matar a ameba, mas não infecta uma célula humana'', afirmou Chantal Abergel, co-autora do estudo e também integrante do CNRS.
Mas os pesquisadores acreditam que outros agentes patogênicos mortais possam ter ficado presos no permafrost da Sibéria.

''Estamos estudando isso por meio de sequenciamento do DNA que está presente nessas camadas. Essa é a melhor maneira de descobrir o que existe de perigoso nessas camadas'', afirmou Abergel.
Ameaça
Os pesquisadores dizem dizem que essa região está ameaçada. Desde a década de 70, o permafrost vem perdendo sua espessura e projeções de mudanças climáticas sugerem que ele irá recuar ainda mais.
Como ele vem se tornando mais acessível, o permafrost já está sendo, inclusive, visado como fonte de recursos, devido aos ricos recursos naturais que possui.
Mas o professor Claverie adverte que expor camadas profundads poderá criar novas ameaças de vírus.
''É uma receita para o desastre'', afirmou. Segundo ele, a mineração e a perfuração farão com que as antigas camadas sejam penetradas ''e é daí que vem o perigo''.
Ele disse à BBC que antigas variantes de varíola, que foi erradicada há 30 anos, poderiam se tornar ativas novamente.
''Se for verdade que esses vírus sobrevivem da mesma maneira que vírus da ameba sobrevivem, então a varíola pode não ter sido erradicada do planeta, apenas de sua superfície'', afirmou Claverie.
Mas ainda não está claro se todos os vírus podem se tornar ativos novamente, após terem permanecido congelados por milhares ou mesmo milhões de anos.

segunda-feira, 3 de março de 2014

GUERRA - RÚSSIA - UCRÂNIA

Frota russa do Mar Negro nega que tenha feito ultimato, diz agência

Segundo agência, fonte do governo ucraniano havia relatado ultimato.
Oficial da Frota do Mar Negro disse que nenhum ataque foi planejado

A Frota do Mar Negro da Rússia não emitiu nenhum ultimato às forças ucranianas na Crimeia para se renderem até as 5h de terça-feira (meia-noite no horário de Brasília) ou enfrentarem um ataque, informou a agência de notícias Interfax citando um oficial no quartel-general da frota.

A Frota do Mar Negro russa tem uma base na Crimeia e Moscou efetivamente estabeleceu o controle sobre a península, que é parte da Ucrânia.
Mais cedo, a Interfax havia citado uma fonte anônima no Ministério da Defesa ucraniano segundo a qual um prazo final para a rendição havia sido determinado pelo comandante da Frota do Mar Negro.
Segundo a fonte do quartel-general citada agora pela Interfax, nenhum ataque foi planejado, acrescentando que "isso é um completo absurdo".
Como tudo começou
A onda de manifestações na Ucrânia teve início depois que o governo do presidente Viktor Yanukovich desistiu de assinar, em 21 de novembro de 2013, um acordo de livre-comércio e associação política com a União Europeia (UE), alegando que decidiu buscar relações comerciais mais próximas com a Rússia, seu principal aliado.
O conflito reflete uma divisão interna do país, que se tornou independente de Moscou com o colapso da União Soviética, em 1991. No leste e no sul do país, o russo ainda é o idioma mais usado diariamente, e também há maior dependência econômica da Rússia. No norte e no oeste, o idioma mais falado é o ucraniano, e essas regiões servem como base para a oposição – e é onde se concentraram os principais protestos, incluisive na capital, Kiev

 Soldados ucranianos fazem guarda dentro de base militar em Sebastopol, na região da Criméia, nesta segunda-feira (3)  (Foto: AFP Photo/Filippo Monteforte)
Soldados ucranianos fazem guarda dentro de base militar em Sebastopol, na região da Criméia, nesta segunda-feira (3) (Foto: AFP Photo/Filippo Monteforte

Os três meses de protestos, que se tornaram violentos em fevereiro de 2014, culminaram, no dia 22, na destituição do contestado presidente pelo Parlamento e no agendamento de eleições antecipadas para 25 de maio.
No dia seguinte, uma ordem de prisão contra o presidente deposto foi emitida, responsabilizando-o por "assassinatos em massa de civis" promovidos na repressão aos protestos de rua.
Após dias desaparecido, Yanukovich apareceu na Rússia e acusou os mediadores ocidentais de traição. Ele afirmou que não reconhecia a legitimidade do novo governo interino e prometeu continuar lutando pelo país. As autoridades ucranianas pediram sua extradição.
A deposição de Yanukovich intensificou as tensões separatistas na região da Crimeia, provocando uma crescente tensão militar com a Rússia, que levou o Senado a aprovar um pedido de envio de tropas feito pelo presidente Vladimir Putin.
O movimento russo levou o presidente dos EUA, Barack Obama, a pedir a Putin o recuo das tropas na Crimeia. A Ucrânia convocou todas suas reservas militares para reagir a um possível ataque russo e afirmou que se trata de uma "declaração de guerra

AQUECIMENTO GLOBAL - COLHEITAS

Aquecimento global causará perda de colheitas e mais danos, diz painel

Jornal japonês divulgou texto do IPCC que será debatido em Yokohama.
Produção de cereais pode cair até 2% se temperatura subir 2,5 graus.

O aquecimento global vai reduzir a produção mundial de cereais em até 2% a cada dez anos e poderá representar  perdas de US$ 1,45 trilhão até o fim deste século, segundo um projeto de relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), divulgado por um jornal japonês nesta sexta-feira (28). Este documento, que teve seu rascunho publicado pelo jornal "Yomiuri Shimbun", será discutido e adotado durante uma reunião de cinco dias do IPCC no próximo mês, em Yokohama, subúrbio de Tóquio.
Segundo o rascunho atribuído ao IPCC, a produção mundial global perderá entre 0,2 e 2% se a temperatura aumentar 2,5 graus.
Uma fonte do ministério japonês do Meio Ambiente não queria que o projeto vazasse para a imprensa local.
A comunidade internacional fixou o objetivo de concluir até o final de 2015, durante a Conferência sobre o Clima da ONU em Paris, um acordo global e urgente de redução das emissões de gases de efeito estufa para limitar o aquecimento a 2°C em relação à era pré-industrial.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

VULCÃO NA INDONÉSIA

Erupção de vulcão mata duas pessoas na Indonésia

Atividade vulcânica tirou 200 mil de suas casas na ilha de Java.
Monte Kelud lançou rochas incandescentes e cinzas a 15 km da cratera

Erupção do vulcão Kelud lançou rochas incandescentes e cinzas a 15 km de sua cratera. (Foto: Dwi Oblo / Reuters)

Erupção do vulcão Kelud lançou rochas incandescentes e cinzas a 15 km de sua cratera. (Foto: Dwi Oblo / Reuters)
A erupção do vulcão Kelud matou duas pessoas na Indonésia nesta sexta-feira (14), informaram autoridades locais.

As mortes de um homem e de uma mulher no subúrbio de Malang ocorreram após suas casas desabarem porque não suportaram as rochas e o peso das cinzas jogadas pelo vulcão, informou Sutopo Purwo Nugoro, porta-voz em Java da Agência Nacional de Gestão de Catástrofes. “As residências eram muito frágeis”, disse.
Cerca de 200 mil indonésios receberam a ordem para deixar suas casas na ilha de Java, a maior do arquipélago, depois da forte erupção que expeliu cinzas e pedras incandescentes à distância de 15 km da cratera do vulcão
Cinzas vulcânicas cobrem avião no aeroporto de Solo nesta sexta-feira (14) (Foto: AFP)

Cinzas vulcânicas cobrem avião no aeroporto de Solo nesta sexta-feira (14) (Foto: AFP)

Mulher anda por uma estrada coberta por cinzas vulcânicas em Yogyakarta, na Indonesia, nesta sexta-feira (14). (Foto: Slamet Riyadi/AP)

Mulher anda por uma estrada coberta por cinzas vulcânicas em Yogyakarta, na Indonesia, nesta sexta-feira (14). (Foto: Slamet Riyadi / AP Photo)

O estado de alerta por causa da erupção do Monte Kelud, considerado um dos mais perigosos de Java, ilha densamente povoada, foi lançado na quinta-feira (13), pouco antes do início da atividade vulcânica.
Imagens transmitidas pela televisão mostravam cinzas e rochas que caíam como uma chuva sobre os povoados próximos. Os moradores fugiam aterrorizados para os centros de evacuação.
Na Indonésia, há cerca de 130 vulcões em atividade
Veículos cobertos por cinzas após a aerupção do monte Kelud, em Yogyakarta, na Indonésia. (Foto: Slamet Riyadi/AP)

Veículos cobertos por cinzas após a aerupção do monte Kelud, em Yogyakarta, na Indonésia. (Foto: Slamet Riyadi/AP)

EVENTOS CLIMÁTICOS NO MUNDO

Mapa mostra eventos climáticos fora do comum ocorridos recentemente

Calor extremo, nevascas e enchentes aconteceram mundo afora.
Fenômenos podem estar associados às mudanças climáticas

Arte mapa extremos climáticos (Foto: Editoria de Arte/G1)

Nevascas em Nova York, Tóquio e Roma como há muitos anos não se via. Calor recorde em São Paulo, incêndios em Sydney, enchentes no Reino Unido. O G1 levantou uma série de fenômenos climáticos fora do comum registrados nos últimos sete meses em diferentes partes do globo (veja mapa acima).
Eventos climáticos, como frio ou calor extremos, sempre ocorreram e vão ocorrer. Mas o aumento da intensidade e frequência deles tem sido notado pelos cientistas e pode ter relação -- ainda é cedo para afirmar com certeza -- com o aquecimento global, que é consequência de uma maior emissão de gases-estufa. Aquecimento global não significa necessariamente que todo o planeta está se aquecendo, mas que está ocorrendo um desarranjo climático global. Essas alterações são resultado de uma capacidade exagerada da atmosfera de reter calor devido à presença excessiva de gases-estufa, como o CO2.
Veja abaixo os eventos climáticos recentes pelo mundo

Clima extremo Estados Unidos EUA (Foto: Craig Ruttle/AP)

Estados Unidos tiveram o janeiro mais frio desde 1994 (Foto: Craig Ruttle/AP)

Janeiro foi considerado o mês mais frio desde 1994 em grande parte dos EUA; o país foi atingido ao menos duas vezes pelo vórtice polar, fenômeno do Círculo Polar Ártico que sofreu alteração em sua dinâmica de circulação e permitiu que massas de ar circunscritas ao Ártico atingissem latitudes mais baixas. Nova York registrou -38ºC em janeiro.
Nevascas surpreenderam cidades do sul do Texas, Louisiana, Mississippi, Alabama e Flórida. A Georgia, estado conhecido por ter um inverno ameno e temperaturas altas no verão, registrou em fevereiro a pior tempestade de neve desde janeiro de 2000, quando o estado teve prejuízo de US$ 48 milhões.
Na Califórnia, o estado declarou situação de emergência por causa da seca que pode ser a mais intensa em cem anos;  reservatórios de água atingiram 38% de sua capacidade (a média histórica é de 57%); somente em janeiro, foram registrados 150 incêndios no estado (foram 25 em janeiro de 2013).

Clima extremo Brasil (Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press/Estadão Conteúdo)

São Paulo teve o janeiro mais quente em 70 anos (Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press/Estadão Conteúdo)

Em 2013, alguns estados da Região Nordeste tiveram o pior período de estiagem dos últimos 50 anos; 75% dos municípios nordestinos decretaram situação de emergência, segundo o governo federal.
Desde dezembro, uma massa de ar quente e seco estacionou sobre as regiões Sul e Sudeste e impediu a chegada de frentes frias, deixando o tempo quente e seco. Fenômeno como esse já foi visto no país em 2001, segundo meteorologistas.
Em 2014, São Paulo teve o janeiro mais quente desde 1943; no começo de fevereiro, Porto Alegre marcou a maior temperatura dos últimos 71 anos (40,5°C) e a sensação térmica no Rio de Janeiro chegou a 57°C.

Clima extremo Argentina (Foto: Victor R. Caivano/AP)
Onda de calor provocou mortes na Argentina (Foto: Victor R. Caivano/AP)

Em dezembro, o país registrou ao menos sete mortes causadas pela forte onda de calor que atingiu grande parte do território.
A temperatura alcançou 45°C em algumas cidades do norte. Meteorologistas afirmaram que foi a pior onda de altas temperaturas no país em 40 anos.

Clima extremo Itália (Foto: Riccardo De Luca/AP)

Roma teve uma das mais fortes nevascas desde os anos 1980 (Foto: Riccardo De Luca/AP)


No começo de 2014, Roma teve uma das mais fortes nevascas desde os anos 1980, que fechou locais turísticos como o Coliseu. O frio intenso causou interrupções nos transportes ferroviário e rodoviário, especialmente em regiões montanhosas, onde os serviços de emergência tiveram dificuldades para chegar a vilarejos isolados. Prédios do país foram evacuados por medo de que a neve acumulada sobre eles pudesse fazê-los desabar

Clima extremo Reino Unido (Foto:  Luke MacGregor/Reuters)
Reino Unido foi atingido por chuvas e ondas gigantes (Foto: Luke MacGregor/Reuters)

Entre dezembro de 2013 e fevereiro de 2014, as chuvas que atingiram a Grã-Bretanha causaram ao menos sete mortes, inundaram 5 mil propriedades e destruíram ferrovias. Segundo a agência climática britânica, Met Office, a tempestade pode ser a pior em 250 anos.
Áreas que ficam próximas do Rio Tâmisa, em Londres, foram afetadas pela maior inundação em 67 anos. Ondas que ultrapassam os dez metros de altura atingiram a costa britânica nos últimos dias.

Clima extremo Rússia (Foto: Jae C. Hong/AP)

Calor pode fazer da olimpíada de inverno de Sochi a mais quente da história (Foto: Jae C. Hong/AP)

Enquanto Yakutsk, no leste da Rússia -- considerada a cidade que registra as menores temperaturas mínimas no mundo – registrou -47°C em 5 de fevereiro, Sochi, no sudoeste do país, pode deter o recorde de ser a cidade que sediou as Olimpíadas de inverno mais quentes de todos os tempos. Os termômetros por lá registraram 18°C em fevereiro.

Clima extremo Israel (Foto: Bernat Armangue/AP)
Israel teve a pior tempestade de neve em 20 anos (Foto: Bernat Armangue/AP)

Em janeiro, Jerusalém registrou a pior tempestade de neve dos últimos 20 anos. A nevasca fechou o transporte público, estradas e escolas da região norte de Israel, na fronteira com o Líbano.
Em alguns lugares, o acúmulo de neve chegou a 30 centímetros de altura.

Clima extremo Paquistão Jovens paquistaneses nadam na rua alagada pelas chuvas (Foto: Asif Hassan/AFP)
Jovens paquistaneses nadam na rua alagada pelas chuvas (Foto: Asif Hassan/AFP)

Em agosto de 2013, o país foi atingido por fortes chuvas das monções que afetaram 770 localidades e atingiram mais de 30 mil pessoas. Ao menos 108 pessoas morreram. Enchentes inundaram algumas das principais estradas na cidade portuária, varrendo casas na província de Khyber Pakhtunkhwa no noroeste
Clima extremo China (Foto: AP)
China tem o inverno mais rigoroso dos últimos 28 anos (Foto: AP)

Segundo o serviço meteorológico do país, o inverno é o mais frio dos últimos 28 anos. Na maioria do território chinês, a temperatura média registrada foi de 3,8°C. No nordeste do país, nevascas fizeram a temperatura atingir -15,3°C, a menor em 42 anos. Em algumas regiões próximas à Mongólia, os termômetros registraram -40ºC.

Clima extremo Japão (Foto: Shizuo Kambayashi/AP)

Em janeiro, Tóquio sofreu a nevasca mais forte dos últimos anos (Foto: Shizuo Kambayashi/AP

Em janeiro, Tóquio sofreu a nevasca mais forte dos últimos sete anos e aeroportos do país tiveram que cancelar voos devido a fortes rajadas de ventos. A região de Yamanachi registrou mais de 40 centímetros de neve. Mais neve caiu em fevereiro, provocando transtornos e deixando mortos e feridos
Clima extremo Filipinas (Foto: Aaron Favila/AP)
Nas Filipinas, tufão matou mais de 6 mil pessoas em novembro (Foto: Aaron Favila/AP

O país foi atingido em novembro pelo tufão Haiyan, considerado o mais forte já registrado na região, que deixou um rastro de destruição, matou mais de 6 mil pessoas e deixou 1.800 desaparecidos.
Os ventos chegaram a 315 km/h e os prejuízos passam de R$ 2,3 bilhões, segundo o governo filipino.

Clima extremo Austrália (Foto: Rob Griffith/AP)
Calor extremo provocou incêndios na Austrália (Foto: Rob Griffith/AP)

Uma extensa onda de calor atingiu grande parte do país, que registrou em algumas regiões temperaturas acima de 50°C. Também contribui para o calor a irregularidade nas chuvas. Incêndios acometem parte do território australiano. Segundo cientistas, 2013 foi o ano mais quente desde 1910 no país, quando começou a ser feito o registro de temperaturas do país.
Fontes desta reportagem: Paulo Artaxo (IPCC/USP); José Marengo (IPCC/Inpe); Heitor Evangelista (UERJ); Met Office; NOAA; Inpe

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

TEMPESTADE DE GELO - EUA

Tempestade de gelo e neve atinge sudeste dos EUA

Fenômeno pode causar apagões generalizados, segundo meteorologistas.
Trecho mais afetado vai do leste do Texas às Carolinas


Uma letal tempestade de gelo e neve atingiu nesta quarta-feira (12) o sudeste dos EUA, prejudicando os transportes rodoviários e aéreos e ameaçando causar apagões generalizados, segundo meteorologistas.
O trecho mais afetado vai do leste do Texas às Carolinas, podendo chegar até os estados do Médio Atlântico na noite desta quarta, segundo Roger Edwards, meteorologista do Serviço Meteorológico Nacional. "É incomum termos uma tempestade de gelo tão a leste no Sul Profundo", acrescentou.
O presidente Barack Obama decretou estado de emergência na Geórgia, onde o governo estadual não funcionaria na quarta-feira. Governadores de outros Estados do sul declararam emergências climáticas.

Imagem de satélite mostra nuvens associadas à tempestade de neve que atinge o sudeste dos EUA nesta quarta-feira (12) (Foto: Nasa/AFP)

Imagem de satélite mostra nuvens associadas à tempestade de neve que atinge o sudeste dos EUA nesta quarta-feira (12) (Foto: Nasa/AFP)
As autoridades se apressaram em fazer planos para lidar com o mau tempo, após enfrentarem críticas há duas semanas, quando uma tempestade paralisou estradas na região de Atlanta e obrigou mais de 11 mil estudantes do Alabama a passarem a noite em suas escolas

As condições se agravaram durante a noite, quando uma faixa do Alabama à Carolina do Sul foi atingida com chuva, granizo e neve. Moradores se preparam para enfrentar chuva congelada e vias escorregadias, segundo Edwards. "O tráfego matinal será horrível", alertou. "Pessoas que não estão acostumadas a lidar com essas condições devem evitá-las - ficar em ambientes fechados, ficar fora das estradas."
A última tempestade de gelo significativa nessa região foi em janeiro de 2000, quando a formação de 13 milímetros de gelo deixou mais de 350 mil pessoas sem energia, disse o meteorologista Dan Darbe. No caso da tempestade atual, "estamos falando em uma área bem maior e com muito mais gelo".
A tempestade já despejou 5 a 15 centímetros de neve na terça-feira no norte da Geórgia. Mas o gelo era uma preocupação muito maior na quarta-feira, quando é esperado o acúmulo de 6 a 20 milímetros em grande parte da Geórgia, incluindo a região metropolitana de Atlanta. Algumas áreas podem ter mais de 25 milímetros.
A tempestade já provocou duas mortes em acidentes de trânsito no Mississippi e três no norte do Texas, segundo as autoridades.
Mais de 2.500 voos foram cancelados nos EUA, e muitos sofrem atrasos na manhã de quarta-feira, segundo o site de monitoramento aéreo FlightAware.com.

AMEAÇA DE GUERRA - IRÃ - EUA - ISRAEL

Irã diz estar pronto para batalha decisiva contra EUA e Israel

Comandante das Forças Armadas disse que ameaça dos EUA é 'blefe'.
Negociações sobre programa nuclear serão retomadas na segunda (17).

O comandante das Forças Armadas iranianas chamou de "blefe político" as declarações americanas sobre uma "opção militar" no caso de fracasso das negociações nucleares e disse que o Irã está preparado para a "batalha decisiva contra os Estados Unidos e o regime sionista".
"Advertimos que, se for iniciada uma ofensiva contra nossas forças a partir de um território, todas as posições (deste) serão atacadas. Não temos nenhuma hostilidade ante os países da região, mas no caso de ataque a partir das bases americanas na região, os atacaremos" declarou o general Hasan Firuzabadi, comandante do Estado-Maior, citado pela agência Fars


Autoridades americanas afirmaram várias vezes nas últimas semanas que "todas as opções estão sobre a mesa" no caso de fracasso das negociações entre o Irã e as grandes potências sobre seu programa nuclear.
As negociações serão retomadas na segunda-feira.
O general iraniano chamou de "blefe político" as ameaças de uma eventual opção militar no caso de fracasso das negociações.
Os Estados Unidos mantêm muitas bases militares na região, em particular na Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Kuwait e Turquia.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

LAGO URMIA - IRÃ

Lago que já foi um dos maiores do Irã tem apenas 5% de sua capacidade

Reservatório natural Urmia abastece região metropolitana de Teerã.
Escassez é causada por construção de barragens, segundo especialistas.

Imagem feita em 14 de janeiro mostra o Lago Urmia, que está com apenas 5% de sua capacidade (Foto: Morteza Nikoubazl/The New York Times)

Imagem feita em 14 de janeiro mostra o Lago Urmia, que está com apenas 5% de sua capacidade (Foto: Morteza Nikoubazl/The New York Times

Um lago que já foi considerado o maior do Irã sofre um grave problema de escassez. De acordo com reportagem do jornal norte-americano “The New York Times”, restam apenas 5% da água do Lago Urmia, que, segundo moradores e especialistas, foi afetado pela construção de barragens, que reduziram o fluxo de água dos afluentes que alimentam o lago.

Imagens feitas pela publicação mostram navios enferrujando no leito seco e rodeado por neve. De acordo com o texto, o desaparecimento do Urmia, que já foi um dos maiores lagos salgados do mundo, afeta o abastecimento de água a região metropolitana de Teerã, com 22 milhões de habitantes.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

ACORDO CLIMÁTICO

Presidentes dos EUA e da França defendem acordo climático ambicioso

Obama e Hollande pediram medidas concretas para reduzir emissões.
Publicação de artigo conjunto coincide com visita do francês aos EUA


Os presidentes da França, François Hollande, e dos EUA, Barack Obama, durante encontro no Salão Oval da Casa Branca nesta sexta-feira (18) (Foto: AFP)

Os presidentes da França, François Hollande, e dos EUA, Barack Obama, durante encontro no Salão Oval da Casa Branca em 18 de maio de 2012 (Foto: AFP)

Os presidentes da França, François Hollande, e dos Estados Unidos, Barack Obama, defenderam um acordo climático ambicioso em um artigo conjunto publicado nesta segunda-feira (10) nos jornais "Le Monde" e "Washington Post".
"Seguimos estimulando a todos os países que se associem a nossa busca de um acordo mundial ambicioso e global para a redução das emissões de gases com efeito estufa com medidas concretas", escrevem Obama e Hollande.
Os dois presidentes recordam que no próximo ano Paris receberá uma conferência sobre o clima que será vital para o futuro do planeta.
A publicação do artigo coincide com a visita oficial aos Estados Unidos de François Hollande, que viaja nesta segunda-feira a Washington.
"Arraigada em uma amizade de mais de dois séculos, nossa cooperação cada dia mais estreita constitui um modelo de cooperação internacional", completaram os dois chefes de Estado no texto, que tem como título 'Uma aliança transformada' e é acompanhado de uma foto dos dois presidentes sorridentes um ao lado do outro.
Hollande e Obama também citam suas posições sobre o Irã e a Síria. Afirmam que a África é o cenário mais visível da "nova cooperação" entre os dois países.
"Mais que em nenhum outro local, a África talvez seja o local onde nossa nova cooperação tem sua expressão mais visível", afirmaram, com referências em particular ao Sahel e à República Centro-Africana.

"Paralelamente ao novo impulso de nossa aliança no cenário mundial, queremos aprofundar nossa relação econômica", destacaram os dois presidentes, que pediram uma "associação para o comércio e o investimento" entre União Europeia e Estados Unidos para criar "mais intercâmbios, mais empregos e mais possibilidades de exportação, principalmente nas pequenas empresas de nossos dois países".

domingo, 9 de fevereiro de 2014

SECA - SÃO PAULO - BRASIL

Nível da Cantareira cai abaixo dos 20% e é o menor da história, diz Sabesp

Índice de 19,8% foi registrado neste domingo; chuva ficou abaixo da média.
Sabesp vê cenário preocupante é dá desconto para quem economizar água.

Represa Jaguari, que faz parte do Sistema Cantareira, em Jacareí (SP), que está mais de 8 metros abaixo do seu nível de vazão devido à falta de chuvas (Foto: Nilton Cardin/Sigmapress/Estadão Conteúdo)

Represa Jaguari, que faz parte do Sistema Cantareira, em Jacareí (SP), que está mais de 8 metros abaixo do seu nível de vazão devido à falta de chuvas (Foto: Nilton Cardin/Sigmapress/Estadão Conteúdo

A capacidade nos reservatórios de água do Sistema Cantareira caiu abaixo dos 20% e atingiu o menor nível da história, segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo(Sabesp).O índice registrado neste domingo (9) é de 19,8%.
Apesar de no dia 9 de fevereiro de 2004, o nível do reservatório estar em 5,6%, segundo o site do próprio sistema, a companhia informa "que os níveis foram revisados e, a partir de agosto daquele ano [2004], uma regulamentação determinou que fossem incorporados volumes que antes eram considerados como reserva técnica".
Portanto, a Sabesp não contava os 20% que tinham no reservatório para fazer a medição, "assim sendo, naquela época, o índice era cerca de 25%, maior que o atual".
A chuva que atingiu a região do sistema neste domingo foi de 0,9 milímetros e a acumulada no mês de fevereiro, 1,3 milímetro. A média histórica para o mês é de 202,6 milímetros de chuva. A companhia diz esperar chuva para a segunda quinzena de fevereiro

Formado por quatro represas, o sistema é responsável por abastecer casas de mais de 8 milhões de pessoas na Grande São Paulo. A Sabesp classificou o cenário como "preocupante" e anunciou no sábado (1º) desconto de 30% para quem economizar água.
A falta de chuva e o calor recorde levaram à situação crítica. Segundo a Sabesp, "o mês de dezembro de 2013 foi especialmente ruim: teve 62 milímetros de chuva, quando a média histórica é de 226 milímetros. Foi o pior mês de dezembro desde que a medição começou a ser feita, há 84 anos".
Em janeiro as chuvas que normalmente chegam a 300 milímetros, ficaram em 87,7 milímetros. "Além disso,  foi o janeiro mais quente da história e como não chove (o que ajudaria a baixar a temperatura), o consumo de água acaba se mantendo em nível elevado o dia todo", segundo a companhia.
O Cantareira fornece água para casas de mais de 8 milhões de moradores da Zona Norte, do Centro, pequena parte da Zona Leste de São Paulo e 10 municípios da região metropolitana (Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Osasco, Carapicuíba, Santana do Parnaíba, São Caetano do Sul e parte dos municípios de Guarulhos, Barueri, Taboão da Serra e Santo André

TECNOLOGIA - ROBÔS ASSASSINOS

Grupo de cientistas nos EUA quer proibição de 'robôs assassinos'

Pesquisador diz à BBC que aviões de combate autônomos e outras tecnologias de uso militar que matam seriam 'ofensa à dignidade humana'


Gubrud trabalha há 25 anos com organização que luta contra armas robóticas (Foto: Mark Gubrud)


Gubrud trabalha há 25 anos com organização que
luta contra armas robóticas (Foto: Mark Gubrud)

Há mais de duas décadas, Mark Gubrud, pesquisador do Programa sobre Ciência e Segurança Global da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, luta pela criação de regras para o controle de armas robóticas autônomas.
Ele é membro do Comitê Internacional para o Controle de Armas Robóticas (CICAR), um grupo de ativistas, acadêmicos e intelectuais do mundo todo que tenta conseguir a proibição do uso de robôs que podem matar sem a interferência humana.
A última preocupação deste grupo é um lançamento de uma companhia de armamentos britânica, a BAE Systems: o avião de combate autônomo Taranis.
Nesta semana, a BAE Systems divulgou imagens dos primeiros voos do protótipo do Taranis, realizados em 2013. A aeronave não-tripulada é capaz de realizar missões intercontinentais, é difícil de detectar e pode atacar alvos no ar e em terra.
O drone também pode ser controlado a partir de qualquer lugar do planeta por um piloto em terra. No entanto, o Taranis também pode funcionar sozinho, sem intervenção humana.
O Ministério da Defesa britânico, que financiou parte do projeto, disse que não vai usar o Taranis no modo autônomo.
No entanto, esta questão continua preocupando Gubrud, que vê o Taranis como um novo avanço no desenvolvimento de robôs e máquinas autônomas capazes de matar sem a intervenção de humanos.

'Não está clara a razão de o Reino Unido precisar de um avião autônomo de combate furtivo no século 21. Para qual guerra ele é necessário? Que armas terá o inimigo?', questiona.
Gubrud conta que faz campanha contra o uso de armamento autônomos há 25 anos e que vê uma oposição generalizada à produção do que chama de 'robôs assassinos'.
'Uma pesquisa de março do ano passado (da consultoria YouGov) mostra que o público americano é majoritariamente contra as armas autônomas e apoia os esforços para proibi-las. E o interessante é que esta é a opinião predominante entre membros, ex-membros e familiares de membros das Forças Armadas (dos Estados Unidos)', disse Gubrud em entrevista à BBC Mundo.

Exterminador Gubrud cita como exemplo de armamentos autônomos em uso as minas antipessoais, que seriam um tipo de 'robô extremamente simples, que pode estar ativado, o que o faz explodir, ou esperando para ser ativado'.
Como exemplos mais avançados, ele cita robôs sentinelas sul-coreanos, capazes de identificar intrusos humanos de forma autônoma dentro de uma área determinada, de 'disparar também de forma autônoma, ou de ser instruídos de forma remota para abrir fogo'.
Gubrud também cita mísseis, já existentes, que procuram um alvo específico fora do campo visual, mísseis terra-ar ou ar-mar que, segundo ele, têm uma tecnologia que permite distinguir o alvo real de outros falsos, um tipo de navio de outro tipo de navio.
Para Gubrud, não estamos muito distantes de um cenário em que um robô, como o da série de filmes Exterminador do Futuro, é acionado para realizar missões específicas em situações de conflito.
'O 'Exterminador' era um robô assassino. E veja o que está acontecendo hoje em dia: uma das mais importantes missões das aeronaves controladas de forma remota (drones) é matar'.
O pesquisador acreditar que quanto maior for a automatização, maior será o risco de perda de controle.
'Se você pensar em um sistema de confronto automático, no qual exércitos de robôs se enfrentam, pode imaginar como seria difícil para uma equipe de engenheiros desenvolver (a tecnologia necessária) e conseguir garantir sua estabilidade no longo prazo?'

Controle humano O pesquisador afirma que é preciso deter o desenvolvimento destes robôs autônomos o mais rapidamente possível - antes que o desenvolvimento deste tipo de armamento avance.
O primeiro passo neste sentido seria divulgar sua existência. O próximo seria lutar pela criação de regras e protocolos que regulamentem o desenvolvimento da tecnologia.
'Acho que os princípios mais fortes para basear uma proibição de armas autônomas são os da humanidade: os humanos sempre devem ter o controle e a responsabilidade do uso de uma força letal', disse.
'É uma ofensa à dignidade humana que existam pessoas submetidas à violência por decisão de uma máquina, ou que estejam sujeitos à ameaça do uso da força por parte de uma máquina, ou que um conflito entre humanos seja iniciado por uma máquina de forma involuntária.'
'É um direito humano não ser morto por uma decisão de uma máquina. Este é um princípio moral muito forte, com uma atração universal. E esta deve ser a base para proibir as armas autônomas.'
Para ele, é preciso definir um regime de controle de armas 'que implica que os estados aceitem estes princípios e que os ensinem nas academias militares e que não tenham armas autônomas'.
Mas, Gubrud também é realista e acredita que as principais potências mundiais resistirão a qualquer tentativa de proibir as armas autônomas.
'Certamente os Estados Unidos são os mais importantes; têm uma política declarada a favor de seu desenvolvimento. A China vê uma oportunidade também e já têm sistemas que seriam preocupantes. O mesmo com a Rússia e o Reino Unido.'

sábado, 8 de fevereiro de 2014

NEVE - JAPÃO

08/02/2014 11h23 - Atualizado em 08/02/2014 11h23

Neve deixa 3 mortos, 500 feridos e




provoca transtornos no Japão

Nevascas são as mais intensas das duas últimas décadas, diz agência.
Voos foram cancelados e 40 mil casas ficaram sem energia em Tóquio.



 Jato japonês no aeroporto de Tóquio, coberto de neve neste sábado (Foto: Kazuhiro Nogi/AFP)


Jato japonês no aeroporto de Tóquio, coberto de neve neste sábado (Foto: Kazuhiro Nogi/AFP)
 As nevascas mais intensas das últimas duas décadas em Tóquio e em outras regiões do Japão deixaram três mortos e 500 feridos, indicaram a agência meteorológica e os meios de comunicação japoneses.

Mais de 740 voos foram cancelados, aeroportos tiveram de ser fechados ou operar parcialmente, e 40 mil casas ficaram sem energia elétrica.
Uma camada de neve de 22 centímetros cobria Tóquio na tarde deste sábado (8), superando os 20 centímetros pela primeira vez desde 1994, indicou a agência meteorológica.
A agência emitiu pela primeira vez em 13 anos um boletim de alerta pelas fortes nevascas e convocou a população a ficar em casa e a sair apenas em caso de emergência.
Duas mulheres, de 88 e 90 anos, morreram em um acidente de automóvel em Ishikawa (centro), segundo a rede de televisão pública NHK, que acrescentou que foram registrados 3.200 acidentes no país, na derrapagem de veículos em ruas e estradas cobertas de gelo.
Além disso, um homem morreu em Nagano ao colidir seu automóvel contra um trem.
Segundo a NHK, pelo menos 494 pessoas ficaram feridas em acidentes relacionados às fortes nevascas.
A agência meteorológica prevê que siga nevando na noite deste sábado e nas primeiras horas de domingo (9).