segunda-feira, 3 de março de 2014

GUERRA - RÚSSIA - UCRÂNIA

Frota russa do Mar Negro nega que tenha feito ultimato, diz agência

Segundo agência, fonte do governo ucraniano havia relatado ultimato.
Oficial da Frota do Mar Negro disse que nenhum ataque foi planejado

A Frota do Mar Negro da Rússia não emitiu nenhum ultimato às forças ucranianas na Crimeia para se renderem até as 5h de terça-feira (meia-noite no horário de Brasília) ou enfrentarem um ataque, informou a agência de notícias Interfax citando um oficial no quartel-general da frota.

A Frota do Mar Negro russa tem uma base na Crimeia e Moscou efetivamente estabeleceu o controle sobre a península, que é parte da Ucrânia.
Mais cedo, a Interfax havia citado uma fonte anônima no Ministério da Defesa ucraniano segundo a qual um prazo final para a rendição havia sido determinado pelo comandante da Frota do Mar Negro.
Segundo a fonte do quartel-general citada agora pela Interfax, nenhum ataque foi planejado, acrescentando que "isso é um completo absurdo".
Como tudo começou
A onda de manifestações na Ucrânia teve início depois que o governo do presidente Viktor Yanukovich desistiu de assinar, em 21 de novembro de 2013, um acordo de livre-comércio e associação política com a União Europeia (UE), alegando que decidiu buscar relações comerciais mais próximas com a Rússia, seu principal aliado.
O conflito reflete uma divisão interna do país, que se tornou independente de Moscou com o colapso da União Soviética, em 1991. No leste e no sul do país, o russo ainda é o idioma mais usado diariamente, e também há maior dependência econômica da Rússia. No norte e no oeste, o idioma mais falado é o ucraniano, e essas regiões servem como base para a oposição – e é onde se concentraram os principais protestos, incluisive na capital, Kiev

 Soldados ucranianos fazem guarda dentro de base militar em Sebastopol, na região da Criméia, nesta segunda-feira (3)  (Foto: AFP Photo/Filippo Monteforte)
Soldados ucranianos fazem guarda dentro de base militar em Sebastopol, na região da Criméia, nesta segunda-feira (3) (Foto: AFP Photo/Filippo Monteforte

Os três meses de protestos, que se tornaram violentos em fevereiro de 2014, culminaram, no dia 22, na destituição do contestado presidente pelo Parlamento e no agendamento de eleições antecipadas para 25 de maio.
No dia seguinte, uma ordem de prisão contra o presidente deposto foi emitida, responsabilizando-o por "assassinatos em massa de civis" promovidos na repressão aos protestos de rua.
Após dias desaparecido, Yanukovich apareceu na Rússia e acusou os mediadores ocidentais de traição. Ele afirmou que não reconhecia a legitimidade do novo governo interino e prometeu continuar lutando pelo país. As autoridades ucranianas pediram sua extradição.
A deposição de Yanukovich intensificou as tensões separatistas na região da Crimeia, provocando uma crescente tensão militar com a Rússia, que levou o Senado a aprovar um pedido de envio de tropas feito pelo presidente Vladimir Putin.
O movimento russo levou o presidente dos EUA, Barack Obama, a pedir a Putin o recuo das tropas na Crimeia. A Ucrânia convocou todas suas reservas militares para reagir a um possível ataque russo e afirmou que se trata de uma "declaração de guerra

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